sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Safi – Terra da Cerâmica




De El Jadida seguimos para o sul do país pela estrada que contorna o mar, muito linda. Poucos km antes de chegar em Safi um dos pneus do carro furou. Ao trocar percebemos que a chave que tira os parafusos estava desgastada, não funcionou. Pedimos ajuda aos carros que passavam e em poucos minutos um parou. Para nossa alegria um senhor português muito simpático que logo foi nos emprestando as ferramen\ntas de seu carro. Enquanto Mateus trocava a roda, tivemos uma divertida e interessante conversa com Vidal, que nos contou histórias e fatos de sua vida.

Safi é também uma cidade portuária e com belas praias. Os portugueses também construíram uma linda fortaleza e como em todas as cidade está a medina cercada por grande muralhas.
Acordamos cedo e saímos para Lalla Fatna, uma famosa praia de surf localizada a 15km ao norte da cidade de Safi. Lugar paradisíaco no meio de uns penhascos. Infelizmente nesse dia tambem não havia ondas.
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Conhecemos a Noraddine, um senhor que morou muitos anos nas Ilhas Canárias (Espanha) e falava o espanhol perfeitamente. Ele nos levou a conhecer Tain, o bairro das cerâmicas, onde há inúmeras olarias. Pessoas preparando a argila, dando as mais diversas formas de vasos e pratos com ajuda de tornos, colocando nos fornos para a queima, pintando a mão cada peça com motivos marroquinos (zuac) e por último banho de vitrificação (segunda queima). Ali eles tem seus postos para a venda é custa dependendo a peça de 2$ a 20$.
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Passamos pelo sulk (grande mercado) e compramos todos os ingredientes para um Tagine, prato típico marroquino. O senhor nos convidou para comerem sua casa, junto com sua família, com um pouco de receio e muita curiosidade aceitamos. Já havíamos lido sobre a hospitalidade neste país e queríamos sair um pouquinho da rota turística, conhecer uma casa de familia e comer junto com eles, nos parecia bem mais interessante que sentar em um restaurante.
Esse dia esperamos pela onda e outra vez o mar não deu a resposta que queríamos. Como já estava tarde, Noraddine ofereceu sua casa para dormir e nós pagaríamos o que quísessemos. No dia seguinte, novamente nos dirigimos a praia com a tentativa de surfar e disseram q de tarde haveria ondas em outra localidade ao Sur.
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Curiosidades
Rial Safi: os Rial são antigas casas coloniais que foram transformadas em hotéis. Valor: 350 DAM (30 euros)

Mazagan – Cidade Portuguesa






Poucos dias antes de viajar tomei conhecimento desta cidade, por meio da minha mãe. Ela assistiu um documentário na TV e foi muita coincidencia, pois muitos anos atrás (1993), eu morei na cidade de Mazagão, no interior do Amapá e desconhecia a sua história.
A antiga cidade portuguesa de Mazagão, esteve sob domínio português entre 1506 a 1769, foi um importante entreposto comercial ao norte da África. A presença lusitana deixou suas marcas não só nesta cidade mas em muitas outras na costa e que felizmente são bem preservadas. Quando tiveram que sair, o Marquês de Pombal decidiu transportar a cidade para o Brasil. Foi então que aproximadamente 360 famílias, constituídas de portugueses e marroquinos, partiram para Belém (Pará) e logo se instalaram no Amapá, fundando a Nova Mazagão, cuja muitas das tradições africanas são mantidas até hoje (em breve uma postagem sobre estes dois Mazagões).
Situada a poucos quilômetros (100km) ao sul de Casablanca, na costa do Atlântico., enquanto estava sob possessão portuguesa era chamada de Mazagao e durante o período colonial francês ficou conhecida como Mazagan e logo mudaram o nome para El Jadida.
Dentro da Cidadela pode-se visitar a Cisterna Portuguesa, a Igreja Nossa Senhora da Assunção e a Fortaleza – diz a lenda que eles teriam construído esta Fortificação para defender os marroquinos dos piratas.
 
Mesmo com todos esses anos de ocupacäo portuguesa, ninguém fala ou entende o portugues. Em Marrocos o idioma oficial é o árabe e o berbere. O francês é a segunda língua mais falada e inclusive obrigatória em todas as escolas. Também o espanhol se fala muito no norte do país.
Salamaricom é a saudação islâmica, que significa: Como estás? O outro responde ‘Alicomusalam‘ (eu estou bem, graças a Alá)
Curiosidades
Hotel Ibis Budget: localizado no centro na avenida frente ao mar. Muito confortável, prático e barato. Valor: 290 DAM (31$) com pequeno almoço incluído para duas pessoas.

domingo, 3 de junho de 2018

A caminho de Marrocos

brasilmarrocos



Sempre quis conhecer Marrocos e várias foram as oportunidades que deixei passar. Desta vez, Mateus me sobrinho e afilhado número 1, convenceu-me que este seria o justo momento. Ele, acabara de passar no vestibular, de tirar a sua carteira de motorista e se emancipar em várias questões, como muitos jovens aos 18 anos de idade. Não tínhamos dúvidas que uma viagem destas (ao estilo mochileiro) proporcionaria novas experiências e aprendizados. Ele apaixonado por surf … eu apaixonada pela África e fotografia … Marrocos era o destino certo!



Embarcamos dia 3 de junho de 2018, às 23h, pela ROYAL AIR MARROCOS (barata, precária, desorganizada,….) direto para Casablanca, via Rio de Janeiro. Em menos de 10h cruzamos o Atlântico e aterrizamos em um moderno aeroporto. Para nossa surpresa, todos os passageiros que estavam a bordo seguiram conexão para outros países e apenas Mateus e eu, fizemos fronteira e retiramos nossa bagagem. O aeroporto era só para nós!
Atenção surfistas: para a prancha* ser despachada tivemos que pagar um valor de $150 (dólares), a informação que constava no site da companhia era confusa.
Meio atordoados e muito cansados (sem ter dormido nada no voo), ainda no aeroporto, fomos abordados por Hassan, um rapaz que alugava carros. Nós, ainda sem nenhum planejamento de viagem, não tínhamos uma rota definida, muito menos reserva de hospedagem. Sabíamos de antemão algumas cidades que queríamos visitar e assistimos alguns documentários interessantes, só.
No início resistimos e depois de muita negociação Mateus com toda sua capacidade de fazer cálculos e sua ousadia, decidiu que seria o mais conveniente. O custo do carro* foi $20 (dólares) por dia, mais econômico que demais transportes, considerando que a passagem de trem ou de bus, por trajeto, custa na média $10 dólares por pessoa, fora o taxi do terminal ao local de hospedagem/praia/pontos turístico/… Além do mais, nem falar do conforto e da liberdade.
No caminho do aeroporto para o centro de Casablanca, por volta das 15h percebemos que a cidade estava enlouquecida, as lojas fechando, as pessoas na rua pedindo taxi e/ou esperando ônibus, os policiais dando ordens pra tentar organizar … o transito estava um caos, …. foi um sufoco. Logo nos inteiramos que se tratava do RAMADÃO – jejum feito pelos muçulmanos que dura 30 dias (depende da lua). Durante esses dias eles não podem comer, beber, fumar,….nada durante o dia, apenas saliva! Assim que o sol se pōe e antes de nascer, eles então, podem comer e tudo mais. Portanto, neste periodo nenhum restaurante abre de dia, difícil encontrar um lugar para comer em cidades não turísticas. Nesse período eles rezam várias vezes por dia e muitas chamadas ą oracao são emitidas por auto-falante que ficam na torre das mesquitas para a rua. Eu diria que é mais fácil fazer o jejum assim, longe das tentações e sob o olhar de muitos!
O hotel que nos hospedamos ficava dentro da medina* próximo da MESQUITA HASSAN II, é a segunda maior mesquita islâmica do mundo (depois do Meca) e o mais alto templo do mundo, com 200 metros de altura. É de uma beleza impar e com uma riqueza de detalhes e luxo. Ah, a única a permitir a entrada de turistas não muçulmanos!






Nossa intenção com estas postagens é compartilhar e registrar com detalhes nossas vivências e observações, e ainda dar dicas e informações de trajetos, endereços, valores, …. que estarão sempre na parte inferior do post (DICAS) junto com a explicação de cada palavra que apresentar um*.
CURIOSIDADES
Moeda local: DIRHAM (MAD) : 1 dolar = 9,2 dirham (2018)
Carro: modelo Clio (Renault), automatico, a diesel. O litro do diesel é 9,8 MAD.
Medina: é um aglomerado urbano organizado dentro de muralhas (antigos fortes), normalmente são consideradas as antigas cidades.
Hotel Majestic:








segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Maranhão


Uma grande amiga e ex-colega de profissão farmacêutica, decidiu abrir uma pousada em Barrerinhas e há muito tempo vinha me convidando para visita-la e fotografar seu estabelecimento e os passeios pelos lençóis, finalmente em julho deste ano nossas datas coincidiram eu lá fui eu.

Há muitos caminhos que levam ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o mais comum é chegando via São Luís, capital de Maranhão e viajar até Barrerinhas por 3 alternativas: 1. Carro ou van fretada - viagem de 3 horas pela Translitorânea - MA402;  2. Ônibus - parte do Terminal Rodoviário e leva em média 4 a 5 horas e 3. Avião monomotor - apenas 50 minutos de viagem e beeeem mais caro.


O Parque possui uma área 155 mil hectares de dunas e lagoas – o detalhe é que elas mudam de lugar e forma pela ação do vento. As grandes formações de areia alcançam até 40 m de altura. Entre maio a setembro é considerado alta estação porque as lagoas estão cheias de água (ação da chuva), na baixa estação é também muito bonito interessante mas algumas lagoas estão secas.




Passeios nos Lençóis Maranhenses
Todas as manhãs, os jipes de tração 4x4, bem apropriados para andar na areia e na agua, passam pelos hoteis e pousadas recolhendo os turistas que compraram os passeios.
A primeira travessia para chegar ao Parque Nacional, é atravessar o rio Preguiça numa balsa bem primitiva.  Logo o carro percorre uma trilha de terra, areia e poças de água, verdadeira aventura, durante mais ou menos uma hora. Dependendo do passeio o carro chega até determinado ponto e todos descem e é hora de caminhar pelas dunas até chegar nas lagoas e entao poder se deliciar com um banho nas lagoas de água doce.

 




Os passeio mais famosos e bonitos é a Lagoa Azul e Bonita. Quando o passeio é feito de tarde é presenteado com um por-do-sol espetacular (preço médio por pessoa R$ 65)
Outro passeio é descer o Rio Preguiças que margeia o Parque dos Lençóis até desembocar no Oceano Atlântico. A viagem pode ser em barco de linha, barco fretado ou em voadeiras. Este passeio saí de manhã bem cedo e retorna no meio da tarde. Ele vai parando em alguns pontos entre eles: o municipio de Vassouras onde ficam os pequenos lençõis e a tenda dos macacos micos, tipicos dessa região. 






A segunda parade é no povoado de Mandacaru para visitor o Farol Preguiças. São 160 degraus para subir em caracol, 35 metro de altura. Do alto é possivel avistar o encontro do rio com o mar. Entrada gratuita.

Um pouquinho mais de barco e chegamos no vilarejo chamado Caburé, que consiste num par de pousadas e restaurantes e muitas casinhas de barco de pescador.

Encontro do rio e do mar. 


Uma opção para conhecer os lençóis para quem não tem medo de altura e quer ter uma vista panorâmica é o passeio em monomotor, dura aproximadamente 30 minutos e custa em média R$ 230,00 por pessoa. 

O piltoto foi muito gentil e tirou a porta para que eu pudesse fotografar melhor, caso contrário eu estaria limitada a fotografar pela janelinha, Confesso que senti muito medo mas confiei no cinto de segurança e em Deus.




Onde ficar:
Pousada Paraíso dos Lençóis
Endereço: Av. Joaquim Soeiro de Carvalho, 117 - Centro
Barreirinhas - Ma - 65059-000

Fones: Fixo 0XX98.3349.1809
Oi 0XX9888356753
Tim 0XX98 8163.5968/8314.7569
Vivo 0XX98.91429684
Claro 0XX98. 8483.0896





quarta-feira, 30 de julho de 2014

Se a medicação não responde - MUDE!





Uma simples amigdalite evolui para um abscesso no paragânglio direito de quase 2 cm o que me levou a uma internação e uma quase intervenção cirúrgica. Poderia ter sido evitado se não fosse ERRO na MEDICAÇÃO. A famosa BENZETACIL (penicilina) e AZITROMICINA ainda tão utilizadas, não são as mais indicadas, há muitos outros antibióticos mais modernos e potentes (específicos),  me disse o último médico!  Não pretendia publicar esta experiência mas sei que poderá ajudar e precaver muitas pessoas.

 Uma viagem a trabalho e lazer se converte numa peregrinação de hospitais!

Uma semana atrás fui contratada para fotografar uma amiga em Brasília. Na primeira noite senti minha garganta secar, varias vezes levantei para beber agua, dois dias depois uma febre me derruba com a garganta completamente inflamada já com placas - caso de antibiótico. Manuela me leva para um hospital público e uma médica jovem me receita uma injeção de Benzetazil e Azitromicina via oral por 3 dias. Foram 4 horas entre a espera e a medicação, um absurdo o descaso principalmente dos funcionários, uma falta de respeito com os pacientes, poderia relatar cada detalhe que observei mas fica para outra.

Nessa mesma noite eu tinha uma viagem confirmada para Maranhão, também a convite de uma amiga que me contratou para fotografar sua pousada em Barreirinhas e os lençóis Maranhenses - a maior atração da cidade.

Cheguei doente e tentei me virar com os medicamentos que estava administrando: Azitromicina (antibiótico)+ Paracetamol (anti térmico)+ Ibuprofeno (antiinflamatório) – uma bomba para meu estômago. Como era de se esperar, provocou uma crisis de gastrite e fui parar no único hospital da cidade -  público. Fui muito bem atendida pelo Dr Jesus (gostei do nome), me colocou soro e uma série de medicamentos endovenosos para amenizar a dor e tratar essa gastrite, indicou a troca de alguns medicamentos:  Novalgina + Pantoprazol (protetor gástrico) + Melocox (antiinflamatório menos agressivo).

Antes do amanhecer do dia seguinte, retorno para o hospital com muita febre e a garganta quase fechando, o medico de plantão me aplica outra série de medicamentos endovenosos, soro e a segunda dose de Benzetacil  e me receita outras 4 doses, uma a cada 3 dias, total 5 doses. Marilene, minha amiga, bem preocupada resolveu me levar para a capital a procura de um especialista, achei que não fosse necessário porque esse dia finalmente minha febre passou, minha voz voltou ao normal eu já me sentia um pouco melhor - engano meu e sorte que ela não me deu ouvidos!.  Nesse mesma madrugada fomos parar num hospital particular em São Luis, com crisis em ambos: garganta e estomago. O atendimento muito bom, o medico pediu exame de sangue, tomografia no pescoço e raio X no estômago  Num par de horas ele já tinha todos os resultados em mãos e ao ver o nível dos meus Leucócitos (indicam infecção) e PCR (proteína C reativa), me  encaminhou para internação.  Tratava-se um abscesso (foco infeccioso) no gânglio do pescoço que poderia complicar para um quadro grave de infecção caso o tratamento não fosse imediato. As alternativas neste caso eram: tentar novos antibióticos observando a resposta ou uma drenagem da pus (pequena cirurgia).

Fiquei bem preocupada e triste, dificilmente adoeço e justo me acontece isso estando longe de casa! Sem saída lá fui para a sala de observação enquanto meu plano de saúde liberasse o quarto e pedi para minha amigo ir para sua casa eu já estava em boas mãos. Sinceramente foi uma experiência muito interessante em vários sentidos. Estar diante da dor dos outros e da minha, sentir na pele o que tantas pessoas sentem: dor, medo, desamparo, desconforto com a administração dos medicamentos, desconhecia a dor do antibiótico endovenoso .... consciente que a dimensão da minha dor era infinitamente menor que a de muitos deles. 

A experiência foi bacana também, pelas amizades feitas lá dentro,  fiz algumas fotinhos  sempre com autorização, emprestei minha cama para Manuel que precisava de duas horas para uma transfusão sanguínea e em troca ganhei um forte abraço, na cama do lado Ramon com sua esposa Ana Paula (acompanhante) me adotaram e cuidaram de mim o tempo todo, inclusive eles  avisavam as enfermeira cada vez que meus medicamentos e soro terminavam para trocar por outros, enquanto eu dormia.  Sem falar na corrente de orações e vibrações vindas dos familiares e amigos pelo telefone e internet  é inexplicável a alegria de se sentir tão amada e acompanhada mesmo a distância. Meu MUITO Obrigado a todos, guardo cada um no meu coração e em especial a Manuela e Marilene e seus respectivos maridos, pelo atenção e o tempo dispensado comigo.

Em fim, amanheci com a visita do médico de plantão e ao me examinar me falou que os NOVOS antibióticos (posso passar o nome p quem tiver interesse)e medicamentos aplicados durante a tarde e noite ali no hospital teve um saldo positivo, diminui significativamente a inflamação e bastaria seguir com o administração deste por 7 dias, não sendo necessário a drenagem, poucas horas depois o responsável por esta intervenção pequena mas invasiva – o Otorrino confirma a prescrição e assim me deram ALTA, Ufa para minha alegria e da minha torcida!!!!

Moral da história: cuidado com a BENZETACIL;  suspeitem quando os medicamentos já não respondem é hora de buscar outro médico; pedir exames específicos; não subestimem uma dor de garganta e outras “simples” doenças pois elas podem complicar!!!!!

Ah ... já ia esquecendo que por recomedaçao medica devo ficar alguns dias aqui ainda (nada de avião) e por isso farei as fotos da pousada e dos lençóis, sem abusar do sol, agua e esforço físico. Aguardem as imagens!

Acho que terei que pagar SOBREPESO de vagagem com todos os medicamentos comprados, fora o prejuízo no bolso!